Os governadores de Santa Catarina, Jorginho Mello, e do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, reuniram-se no Palácio Iguaçu nesta segunda-feira, 20, para estabelecer um grupo de trabalho focado na minimização dos impactos das cheias do Rio Iguaçu, que têm afetado ambos os estados.
Esse grupo contará com a participação dos técnicos do Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná e do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).
Em decorrência da elevação do Rio Iguaçu, Porto União, em Santa Catarina, enfrentou diversos problemas, resultando em desabrigados.
Na cidade vizinha de União da Vitória, no sul do Paraná, aproximadamente 40% da área foi inundada.
No dia 12 deste mês, o governador Jorginho Mello visitou Porto União para avaliar os danos e comprometeu-se a buscar uma solução em conjunto com o Governo do Paraná.
“Concordamos em formar este grupo de trabalho para encontrar uma solução para o Rio Iguaçu. Nossa meta é desenvolver soluções de curto, médio e longo prazo, tanto para os catarinenses quanto para os paranaenses”, afirmou o governador Jorginho Mello, que decidiu visitar o Paraná após sua visita ao município catarinense afetado pela cheia.
“Este grupo de trabalho reunirá especialistas ambientais para estudar todos os trechos do Rio Iguaçu e identificar as melhores alternativas para mitigar os impactos das enchentes”, disse Ratinho Junior.
Além dos governadores, estiveram presentes na reunião os prefeitos de União da Vitória, Bachir Abbas, e de Porto União, Eliseu Mibach, juntamente com empresários que relataram as dificuldades em retomar as atividades devido à demora na redução do nível da água do rio.
Eliseu Mibach explicou que, enquanto o Rio Iguaçu sobe de 2 a 3 centímetros por hora durante as chuvas, sua redução após as tempestades é de apenas 3 a 4 milímetros por hora, intensificando as dificuldades das famílias e empresas afetadas pelas enchentes. “Compreendemos que resolver o problema de forma definitiva não é viável. No entanto, buscamos alternativas para minimizar os impactos na população”, afirmou.
Everton Souza, diretor-presidente do Instituto Água e Terra, mencionou que a parceria estabelecida com Santa Catarina acelerará os processos de licenciamento e saneamento ambiental para futuras obras. Ele revelou que o IAT já elaborou um termo de referência para contratar um anteprojeto visando mitigar os efeitos das cheias do Rio Iguaçu.
“Esse termo permitirá a contratação de uma empresa para analisar estudos existentes e incorporar novas informações, criando um modelo matemático para guiar um projeto seguro, ambientalmente consciente e sustentável”, explicou.
Há três semanas, técnicos do IAT inspecionaram por terra e ar as áreas afetadas pela enchente em União da Vitória.
Essas informações servirão de base para a contratação da empresa responsável por determinar o caminho mais viável para a contenção das cheias no município.
A enchente já persiste por cerca de 40 dias, deixando pessoas desabrigadas.
Além dos citados, estiveram presentes na reunião o chefe da Casa Civil do Paraná, João Carlos Ortega; o secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Santin Roveda; o líder do Governo do Paraná na Assembleia Legislativa, Hussein Bakri; os deputados estaduais Alexandre Curi (PR) e Vicente Caropreso (SC); a presidente do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), Sheila Meirelles; o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro; o engenheiro da Prefeitura de Porto União, Mauro Novacki; e os empresários Luis Antonio Hobi e Lenoir Geremia.