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06/05/2024

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Receita Federal e Polícia Federal desarticulam esquema de lavagem de dinheiro

Uma operação conjunta da Receita Federal e da Polícia Federal, denominada Operação Moto Perpétuo, foi realizada nesta terça-feira (23) com o objetivo de identificar o patrimônio oculto e os rendimentos provenientes da atividade criminosa de uma organização liderada por um casal de empresários da região de Curitiba, no estado do Paraná, ligada ao setor de saúde.

O casal em questão já havia sido alvo de uma investigação anterior, que desmantelou uma organização criminosa que utilizava Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para celebrar convênios e termos de parceria com a Administração Pública. Por meio de expedientes fraudulentos, desviava, apropriava-se e lavava os recursos ilicitamente auferidos.

Naquela ocasião, entre outras medidas cautelares, foram determinados judicialmente o sequestro de diversos veículos e imóveis, bem como o bloqueio de ativos financeiros mantidos em nome dos investigados e de todas as empresas utilizadas pela organização criminosa.

Entretanto, verificou-se que o montante de dinheiro sequestrado não chegou a R$ 4 milhões, ficando abaixo de R$ 10 milhões, com indícios de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro.

Novos elementos trouxeram à tona uma nova investigação, revelando que o casal investigado estaria ocultando patrimônio utilizando laranjas.

Com o intuito de dissimular a verdadeira propriedade dos bens, adquiriram diversos imóveis, clínicas odontológicas e veículos de luxo em nome de terceiros.

Diante dos indícios apresentados, foi emitida uma decisão judicial para o cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, visando à comprovação e coleta de novos elementos probatórios dos crimes representados.

As buscas também foram realizadas em endereços vinculados a um contador e a um advogado, suspeitos de criar empresas em nome de terceiros e de auxiliar na viabilização da lavagem do patrimônio ilicitamente obtido.

A operação contou com a participação de aproximadamente 55 policiais federais e 10 auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal, que cumpriram ao todo 13 mandados de busca e apreensão.

Os mandados foram executados nas cidades de Curitiba (PR), Balneário Camboriú (SC) e São Paulo (SP).

As ordens judiciais expedidas pela 9ª Vara Federal de Curitiba preveem o bloqueio de imóveis, a indisponibilidade de quotas sociais de empresas, a apreensão de valores e de veículos de alto valor.

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