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O psicólogo do esporte pode atuar em três vertentes: pesquisa, ensino e intervenção, tanto nas atividades esportivas individuais, quanto de grupo, tanto no âmbito profissional, quanto no amador. Atua no esporte de alto rendimento, esporte escolar, esporte recreativo e de prevenção, saúde e reabilitação.
O objetivo principal do psicólogo do esporte é o desenvolvimento de habilidades para que o esportista melhore seu rendimento, potencializando habilidades específicas e dando suporte no âmbito emocional e ensinando a lidar com o estresse e com a pressão diária que a profissão promove.
Um dos maiores obstáculos a serem trabalhados em psicologia do esporte diz respeito ao fator estresse, acionado por constante pressão por parte da equipe técnica, torcida, imprensa, críticas, e pelo próprio atleta, o qual anseia por melhores resultados performáticos em atuação nos treinos e nas competições e pela busca de destaque.
Saber lidar com ansiedade e estresse é relevante na otimização de resultados, utilizando tais sentimentos como mola propulsora de resultados, e não de redução dos mesmos. Para tal precisa ocorrer um gerenciamento do fator estresse.
O psicólogo do esporte analisa o perfil dos atletas com o intuito de entender sua personalidade a fim de compreender como ela afeta sua atuação, bem como qual a maneira de ser trabalhada em busca de melhores resultados, buscando entender quais habilidades precisam ser treinadas para tal. Orienta e prepara os atletas para terem a melhor conduta possível nas competições e treinos.
O psicólogo do esporte pode não fazer atendimento terapêutico clínico, mas atende individualmente o atleta e afins, pois entende que o ser humano é primeiramente um ser individual para depois ser social, e para entender e trabalhar no contexto coletivo, precisa compreender e trabalhar no individual também.
Podemos sinalizar que o fator psicológico pode arruinar a atuação do mais talentoso e mais preparado fisicamente dos esportistas, do amador ou ídolo do esporte, como pode ser ferramenta de propulsão da atuação, quando bem estabelecido a favor.
Enquanto trabalho de intervenção, a atuação atinge os seguintes aspectos;
- ANALÍTICO: interpreta o movimento dos treinos no contexto individual e de grupo;
- INTERMEDIATIVO: promove intermediação, quando necessária, entre esportistas e equipe técnica;
- PSICODIAGNÓSTICO: utilizando instrumentos da psicologia, é feita uma análise do potencial do esportista, suas demandas e limitações;
- CONSELHEATIVO: atua no dispositivo de ‘counselling’, que diz respeito a um aconselhamento psicológico na busca de solução de conflitos entre atletas, e entre estes e equipe técnica, bem como para o atleta a respeito da atuação da torcida, mídia e críticos em suas perspectivas e julgamentos;
- POTENCIATIVO: busca de ferramentas de otimização do desempenho dos esportistas e equipe técnica, levando em conta análise de atuação destes elementos nos treinos, viagens e competições;
- CONSULTIVO: parte importante do processo, onde fica a disposição, seja dos atletas, seja da equipe técnica, enquanto espaço de busca de equilíbrio emocional;
- FORMATIVO: além de ajudar na melhor formação do profissional, atua fortemente na formação dos jovens que almejam vir a se tornarem profissionais;
- INVESTIGATIVO: busca reconhecer elementos que não favoreçam o melhor desempenho do atleta, do time e da equipe técnica, e procura conscientizar a respeito dos resultados, bem como sinalizar possíveis ferramentas corretivas;
- PREPARATIVO: busca acionar ferramentas de preparo do atleta diante de competições e desafios de grupo e pessoais;
- PROJETIVO: exercita os atletas mentalmente a utilizarem a razão acima da emoção em ações futuras; promove visualização de resultados desejados e indesejados, bem como lidar com cada qual, promovendo exercícios para uma atuação mais racional e menos emocional no momento do inesperado e de resultados ruins, aprendendo assim a lidar com o inusitado, com o fator surpresa e com pressão interna e externa diante de momentos conflitantes;
- RECUPERATIVO: aqui o atleta conta com trabalho do psicólogo do esporte frente à sua recuperação diante do afastamento em caso de lesões ou doenças, funcionando como meio de recuperação mais rápida, bem como tendo um retorno com menor prejuízo diante de resultados. Muitos atletas sentem que não conseguirão retornar com o mesmo potencial de resposta como antes, bem como outros criam medos que dificultam a atuação, principalmente de voltar a ficar doente ou se machucar, ainda mais se tem ocorrido com certa frequência, precisando assim de orientação e apoio psicológico;
- COACHING: ações diretivas com o intento de promover autoconfiança, autoestima, motivação, orientação profissional, promoção de autogerenciamento do atleta, desenvolvimento de habilidades, atuação enquanto líder, aprimoramento comunicativo entre atletas e estes com a equipe técnica e imprensa; enfrentamento de situações críticas e estressantes;
- PNL: utilização da Programação Neurolinguística como ferramenta de resolução de conflitos internos de diversas ordens, de redirecionamento mental, de reprogramação psicológica, redefinição conceitual, aprimoramento das relações interpessoais; treinamentos sobre diferentes habilidades cognitivas dos atletas;
- ATENDIMENTO DIRETIVO: cada ser humano percebe o mundo conforme sua peculiar subjetividade, e como tal deve ser respeitado e orientado. Cada qual responde de maneira ímpar a rotina intensa de treinos, dificuldade e medos de não alcançar destaque no esporte e na equipe, limitações pessoais, pressão da equipe técnica, mídia, torcida e família, problemas de ordem financeira e com a sexualidade, perda da liberdade em nome da profissão, e afins.
- RELAXAMENTO MENTAL: técnica para aplicação em grupo e individual de relaxamento mental e físico, usando de PNL e de técnicas de hipnose e auto-hipnose com o intuito de retornar o equilíbrio mental e físico, manter o foco, a autoconfiança e o ânimo; busca de controle de ansiedade e baixo estresse;
- SELETIVO: novas contratações de atletas num time, por exemplo, passam por análise pelo psicólogo do esporte, o qual poderá analisar se determinado perfil do possível contratado comunga com as diretrizes do clube, o que o motiva a ser contratado pelo time, o que representa estar naquele lugar e naquele momento, como realmente pretende atuar e o que espera do futuro e afins, mas não como perguntas diretas, mas através de análise de uma conversa ampla, numa leitura das entrelinhas e do que chamamos de não dito, que pode não ter sido verbalizado, mas as técnicas da psicologia permite interpretar. Nem sempre um atleta de destaque num grande time, e caro, é uma boa escolha e que trará os resultados esperados. Também o psicólogo do esporte analisa constantemente o quadro dos já contratados, bem como possíveis e necessárias substituições, se não tem como remediar em alguns casos, e noutros sinaliza a necessidade real de troca ou de correção.
- MOTIVACIONAL: exercício em grupo e individual que promova a motivação, recarregue o ânimo. Nas ações motivacionais coletivas, o intento também é melhorar o inter-relacionamento do grupo, motiva integração, quebra de barreiras relacionais, autoconhecimento, promoção de respeito recíproco e como ferramenta de relaxamento.
O intuito do profissional da psicologia, especialista em psicologia do esporte, é compreender e atuar, levando em conta os aspectos psicológicos dos atletas, os efeitos mentais associados à prática esportiva e ao desempenho, buscando ferramentas, individuais e coletivas, que busquem otimizar os resultados, bem como diagnosticar e intervir dentro destes contextos.
Claro que os resultados geralmente não são observados imediatamente, até porque, nos primeiros momentos, chegando a durar meses conforme a complexidade, ocorre análise interpretativa do atleta, time, equipe técnica, aspectos ambientais e afins, conhecimento de cada personagem que envolve tal contexto, numa busca de diagnóstico e avaliação para compreender qual atuação se faz necessária e pode ser mais eficaz naquele estado que se encontra.
Um psicólogo do esporte contratado com exclusividade se torna um ente da equipe técnica, sempre presente na vida do atleta e da equipe técnica, acompanhando treinos, competições, viagens, e todo movimento daquele contexto esportivo. Passa a ser um representante de um porto seguro para todos os elementos envolvidos.
Os resultados do trabalho do psicólogo do esporte nem sempre podem ser quantificados, medidos e sinalizados como focais, pois estes mesmos resultados dizem respeito a variantes diversas, como trabalho do técnico, do médico, do ortopedista, do massagista, do preparador físico, entre outros agentes e fatos, além do próprio esforço do atleta para atingi-los. Como é difícil e até incoerente nomear o técnico ou presidente do clube como responsável diretivo maior pelo resultado positivo ou negativo do atleta ou time, assim se da com o psicólogo do esporte, o que se entende, a nível de atletas e times realmente profissionais da atualidade, que a falta de um bom trabalho de todos estes agentes profissionais, dificulta ou impossibilidade os resultados desejados.
No cenário esportivo do século 21 não existe mais possibilidade de ser considerado um atleta ou time profissional de fato, sem ter a presença de um bom profissional da psicologia do esporte contratado, atuante e investido financeiramente, algo que faz parte no esporte internacional por décadas, o que fez com que o Brasil perdesse grandes posições no mundo esportivo mundial, por não ter acompanhado tal necessidade deste profissional em seu meio. Da mesma forma que não se admite mais um atleta ou clube sem a tecnologia a seu favor, assim ocorre sem a participação ativa de um profissional da psicologia na equipe técnica.
Vale destacar que não basta a formação em psicologia, mas que este tenha entendimento amplo e especializado em outras áreas, como especialização em psicologia do esporte, dependência química, psicanálise, terapia cognitivo comportamental, PNL, sexologia, coaching, mentoring, liderança, psicodiagnóstico, entre outras áreas do conhecimento, sendo por isso tão valorizado tem sido tal profissional no seio esportivo, pois a amplitude de sua atuação é ampla, sistemática e dinâmica. Portanto, os interessados nesta área da psicologia precisam dedicar suas horas aos estudos de diversas vertentes.
SOBRE O AUTOR DO ARTIGO:
CARLOS ALBERTO HANG: escritor com 7 livros escritos, jornalista (03991/SC) desde 1994, psicólogo, com mestrado e doutorado, International Master Premium em Hipnose Clínica (Universidade Brasileira de Hipnose), Master PNL Practitioner (Programação Neurolinguística) reconhecido internacionalmente pela NLPEA Association of Excellence/EUA, também formado em Filosofia, História, Letras, Teologia; pós-graduado/especialista em Psicologia do Esporte, em Psicopedagogia, em Hipnose Clínica e em Ciências da Religião; formação também em Sexualidade Humana, Gestão de Pessoas, Psicanálise, Hipnose Transformacional, Psicologia Clínica e Comportamental, Terapia Cognitivo Comportamental, Psicologia Organizacional, Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógicos, Taxicologia, Coaching & Mentoring, Inteligência Emocional, Física Quântica, Recursos Humanos, Jornalismo Digital, Jornalismo Esportivo, Telejornalismo, Logística, Adm. de Hotéis, Gestão de Eventos, Turismo de Eventos, Relações Internacionais, Saúde Mental & Dependência Química, Gestão na Administração Pública, Ciência Política, Política Contemporânea, Gestão de Conflitos, Empreendedorismo, Piano, Linguagem Musical, História da Música; Inglês, Italiano, Espanhol e Francês; é Embaixador pela Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix (Genebra/Suíça), é Cônsul de Joinville – Instituto Internacional Poetas del Mundo, detentor do Oscar Brasileiro by Grupo Jornalístico Ronaldo Côrtes de São Paulo, e membro honorário imortal da Academia de Ciências, Letras e Artes de MG na cadeira 148. INSTAGRAM: @carlosalbertohang TWITTER: @hangjornalista PARLER: @Carlosalbertohang TELEGRAM: @carlosalbertohang FACEBOOK: @opiniaodeumlivrepensadorbyHANG