A abertura da exposição “Além da Ilha” será no dia 6 de abril no Museu de Arte de Joinville (MAJ), às 14h.
A mostra busca compreender o processo de contemporaneidade da arte fora da Capital, a ilha de Florianópolis, e legitimar os circuitos existentes entre o Vale do Itajaí e Norte de Santa Catarina.
Artistas como Luis Henrique Schwanke, Sueli Beduschi, Doraci Girulat e Luiz Telles deixaram seu legado para a história da arte pelo que criaram nas décadas de 70, 80 e 90.
“Estes circuitos só se estabeleceram em decorrência do trânsito destes artistas e de suas poéticas dialógicas.
Eles romperam barreiras, limites geográficos e o conservadorismo de Florianópolis”, explica a curadora Angela Peyerl, que também é coordenadora do MAJ.
Esse grupo construiu uma vanguarda e experimentou o que o mundo e suas cidades tinham a oferecer, fomentando o campo das artes visuais e criando um circuito de arte em Santa Catarina.
A riosulense Doraci Girulat tornou-se professora da Udesc e suas ideias e conceitos influenciaram uma geração de novos artistas que promoveram debates sobre arte contemporânea e acabaram inserindo a contemporaneidade na ilha.
“As andanças, estudos e encontros artísticos destes artistas criaram este movimento.
Outra figura importante foi Harry Laus, crítico de arte, escritor e jornalista, que desenvolveu uma política de aproximação entre os artistas”, revela Angela.
Ele acabou se tornando diretor do MAJ entre 1980 e 1982 e anos depois dirigiu o Museu de Arte de Santa Catarina.
Segundo Angela, Harry Laus foi um redimensionador de conceitos e estruturas, pois organizou os acervos e readequou reservas técnicas.
“Ele criou expografias na qual o público estabeleceu contato direto com a produção artística do Estado e do país”, completa.
Com curadoria de Angela e Nadja de Carvalho Lamas, a exposição poderá ser conferida até 17 de novembro. O horário de visitação é de terça-feira a domingo, das 10h às 16h.
