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19/05/2024

Joinville/SC

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Acidente na Serra Dona Francisca desencadeia debate sobre transporte de Cargas Perigosas

Após o acidente ocorrido na Serra Dona Francisca nesta segunda-feira, 29, que resultou no derramamento de ácido sulfônico no Rio Seco, autoridades de Joinville e do estado reagiram e se manifestaram sobre o caso.

Tanto deputados quanto vereadores protocolaram projetos e pedidos relacionados ao transporte de materiais considerados perigosos na rodovia.

O Deputado Matheus Cadorin apresentou um pedido para proibir o transporte de produtos químicos na SC 418.

Desde maio de 2023, o deputado expressa preocupação com esse assunto, buscando medidas preventivas para acidentes envolvendo produtos químicos nessa área crítica.

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o Deputado Federal Darci de Matos (PSD) enfatizou que “este é o momento de aprovar a restrição às cargas perigosas”.

O deputado Fernando Krelling (MDB) argumentou que o tema deve ser revisado, considerando ser uma situação que deveria ter sido resolvida anteriormente.

Maurício Peixer (PL) acompanhou o acidente junto com o Deputado Fernando Krelling (MDB) e Sargento Lima (PL) para verificar os trabalhos realizados.

De acordo com Maurício, todas as providências foram tomadas para restabelecer a segurança no trecho.

A discussão sobre o tráfego de cargas perigosas na Serra Dona Francisca ganhou destaque em 2015, quando ocorreram acidentes na rodovia, resultando em vazamentos que atingiram cursos d’água. Na época, os produtos foram contidos, sem impacto na captação da estação do Cubatão.

Perícia:

Dois setores da Polícia Científica de Santa Catarina estão envolvidos no caso: o Setor de Perícias Ambientais, que analisa as consequências ambientais do acidente com produto perigoso e possivelmente avalia o dano ambiental, e a Engenharia Forense, responsável pela perícia no caminhão envolvido no acidente.

O veículo passará por uma inspeção detalhada para identificar possíveis vestígios de falha mecânica ou outra situação que tenha contribuído para o sinistro, além da análise dos dados do tacógrafo.

Nesta terça-feira, a Polícia Militar Ambiental (PMA) realizou vistorias na Baía da Babitonga com duas embarcações. Até agora, não foram identificados pontos na Baía com espuma, peixes e animais mortos ou qualquer vestígio material de que a substância tenha afetado de forma mais impactante o ambiente.

“A nossa guarnição passou hoje novamente em alguns lugares atingidos ontem. Mesmo os lugares que ontem estavam completamente lotados de espuma, hoje já tem uma quantidade bem menor, quase não se nota mais espuma na água”, explicou o Major Ruy Florêncio Teixeira Junior, comandante da Polícia Militar Ambiental de Joinville.

Do ponto zero até a Baía da Babitonga são cerca de 30 quilômetros de distância, e nos próximos dias serão feitos monitoramentos nesse trecho para coleta e análise da qualidade da água. Em relação à água para coleta pelo sistema de abastecimento, a Companhia Águas de Joinville informa que está fazendo a análise da água a cada 15 minutos.

 

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